Empresa de Toledo é referência nacional na inclusão produtiva de migrantes e refugiados, reunindo parceiros que reforçam a diversidade como motor do desenvolvimento regional.
A Fiasul Indústria de Fios, em Toledo (PR), recebeu nesta semana uma comitiva formada por representante da ONU, do Sesi Paraná, do Instituto BRF e da Embaixada Solidária. O encontro destacou a importância da empresa como referência nacional na inclusão de migrantes e refugiados no setor produtivo e evidenciou o papel estratégico da indústria têxtil no desenvolvimento regional.
A Fiasul é hoje uma das maiores empregadoras do Oeste paranaense e tem em seu quadro funcional um dado emblemático: cerca de 34% dos colaboradores são migrantes e refugiados. Homens e mulheres vindos de diferentes países encontraram na empresa não apenas trabalho formal, mas também a oportunidade de recomeçar suas vidas com dignidade, contribuindo para o dinamismo da economia local.
Essa realidade fez da Fiasul uma parceira natural da Embaixada Solidária e de programas de inclusão produtiva, sendo reconhecida em 2025 com o Selo Sesi Indústria Parceira do Migrante, concedido pelo Sistema Fiep em reconhecimento ao compromisso social e às práticas de integração.
Comitiva em Toledo
A visita contou com a presença da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), representada por Maria Beatriz Bonna Nogueira, chefe do Escritório de Campo em São Paulo. Também participaram o superintendente do Sesi Paraná, Hugo Cerón Molina, e a gerente de Responsabilidade Social, Aline Calefi, além de Caique Eduardo Silva, Analista de Impacto Social do Instituto BRF. Pela Embaixada Solidária, estiveram presentes a presidente e fundadora, Edna Nunes da Silva, e o diretor de Relações Institucionais e coordenador do Programa Cozinha Mundo, Luiz Albuquerque.
O grupo foi recebido pelo empresário Rainer Zielasko, CEO da Fiasul, acompanhado da empresária e palestrante Fabiana Zielasko, embaixadora da causa migratória. Também participaram Raullen Oliveira, superintendente industrial da Fiasul, e Karen Brinker, gerente de Gestão de Pessoas da empresa, reforçando o compromisso da equipe com práticas de acolhimento, diversidade e integração no ambiente de trabalho.
A visita foi marcada pela emoção dos presentes ao ouvir os depoimentos de migrantes vindos de diferentes países do mundo e de todos os estados brasileiros. Relatos de superação, acolhimento e reconstrução de vida deram ainda mais significado à agenda, ressaltando a importância da inclusão produtiva como caminho para dignidade e transformação social.
Indústria e responsabilidade social de mãos dadas
Durante a visita, o representante da comitiva ressaltou a Fiasul como exemplo de como o setor produtivo pode alinhar competitividade e responsabilidade social. O compromisso da empresa em abrir suas portas para migrantes e refugiados foi apontado como uma prática que fortalece não apenas a economia, mas também os laços comunitários na região.
A presença da Agência da ONU para Refugiados, do Sesi Paraná, do Instituto BRF e da Embaixada Solidária reforçou que a inclusão produtiva não é apenas um gesto de solidariedade, mas uma estratégia de desenvolvimento sustentável para o país.
Inspiração para outras empresas
A Fiasul tem inspirado outras empresas do Paraná e de diferentes regiões do país em seu processo de inclusão e de humanização do acolhimento. A prática de abrir oportunidades para pessoas de múltiplas nacionalidades, etnias, trajetórias e contextos de vida mostra que a diversidade é um ativo estratégico para o setor produtivo. Ao valorizar a pluralidade e promover condições dignas de trabalho, a empresa reafirma que desenvolvimento econômico e respeito aos direitos humanos caminham lado a lado.
Reconhecimento nacional
Recentemente, a Fiasul foi reconhecida pelo Ministério do Trabalho e, nos próximos dias, receberá em Curitiba o Selo Indústria Amiga do Migrante. A honraria se soma a iniciativas como a da Visão Mundial Brasil e ao Selo Sesi Indústria Parceira do Migrante, que reconhecem e incentivam empresas a adotarem práticas de inclusão social e econômica para migrantes e refugiados. O objetivo é valorizar organizações que se comprometem com a diversidade, oferecendo oportunidades de emprego, capacitação e suporte para a integração socioeconômica desses grupos, reafirmando o papel estratégico da indústria na construção de uma sociedade mais justa e plural.
Depois do encontro no centro administrativo da Fiasul, a comitiva percorreu a fábrica, considerada uma das fiações mais modernas do país. Após a visita, o grupo também esteve na Embaixada Solidária, que há 11 anos atua no acolhimento de migrantes e refugiados e é parceira da Fiasul no programa Um Lugar para Recomeçar, recentemente premiado por sua contribuição inovadora à integração socioeconômica de famílias migrantes.
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